As Emissões Otoacústicas (EOA) foram observadas e descritas pela primeira vez por David Kemp, em 1978 como “liberação de energia sonora produzida na cóclea que se propaga pela orelha média até o meato acústico externo”.
Alguns autores descrevem as EOA como respostas, emitidas pela cóclea, de freqüências específicas e geradas somente em bandas de freqüências nas quais as células ciliadas externas estão em condições normais.
Existem dois tipos de Emissões Otoacústicas:
As EOA espontâneas são respostas emitidas pela cóclea que independem da estimulação acústica, porém sem utilização clínica, pois está presente em 40-60% dos indivíduos com audição normal.
As EOA Evocadas são classificadas em três tipos de acordo com o estímulo:
São sons de fraca intensidade produzidos pela cóclea , que são captadas através de uma sonda no meato acústico externo. Usa como estímulo sonoro o click ou tone burst. Abrange faixa de frequência de 0.5Hz a 4kHz.
São respostas da cóclea a um estímulo de dois tons puros intermodulados apresentados simultaneamente. Abrange maior faixa de freqüência (até 8kHz).
São respostas evocadas por sinais contínuos de fraca intensidade. São pouco utilizadas na prática clínica pela dificuldade em separa o estímulo da resposta.
As Emissões Otoacústicas mais presentes na rotina clínica são as Transientes e Produto de distorção, por serem métodos objetivos, não invasivos e de fácil aplicabilidade. (Figueiredo,2003 e Sousa et al.,2008)
Apesar de oferecerem dados importantes sobre a lesão coclear, a presença das Emissões Otoacústicas dependem de condições normais de orelha média e de um ambiente silencioso para realização do exame.